sábado, 14 de setembro de 2013

Poderes do Rio Grande do Sul empregam 5,7 mil cargos de confiança


Poderes do Rio Grande do Sul empregam 5,7 mil cargos de confiança

Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação mostram quantos são os servidores sem concurso


Leandro Staudt                  

Os três poderes do Rio Grande do Sul empregam mais de cinco mil servidores com cargo de confiança (CCs). A despesa com os funcionários contratados sem concurso público soma mais de R$ 33 milhões todos os meses.
Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Rádio Gaúcha recebeu os números do Tribunal de Justiça (TJ), Ministério Público (MP), Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

> Veja o raio X dos poderes no RS
Em julho, reportagem da Gaúcha já havia revelado que o governo estadual emprega 2.928 CCs, em uma despesa mensal de R$ 10,6 milhões. Somados aos novos dados obtidos nos outros órgãos, são 5.715 CCs.

Depois do Executivo, o maior gasto com CCs é do TJ, que emprega 1.195 servidores para funções de confiança. São 664 no 1º grau e 531 no 2º grau. A despesa mensal chega a R$ 9,48 milhões, já incluída a participação patronal na previdência e no IPE Saúde.

Pela legislação, CCs podem exercer funções de direção, chefia e assessoramento. Nos gabinetes, em geral, os desembargadores podem indicar quatro. Nas médias e grandes cidades, os juízes escolhem um assessor. Os cargos de confiança representam 13,7% do quadro do Judiciário.

— São servidores indispensáveis para o funcionamento. Os desembargadores e juízes precisam ter pessoas de total confiança — afirma Túlio Martins, presidente do Conselho de Comunicação do TJ-RS.

Na folha de pagamento da Assembleia, estão 1.139 CCs — 75% do quadro total. Com os vencimentos e encargos, o Legislativo desembolsa R$ 8,9 milhões todos os meses. Em cada gabinete, os deputados podem ter de nove a 15 CCs. No máximo, seis podem exercer atividades exclusivamente fora da Assembleia.

O superintendente-geral, Álvaro Fakredin, espera em breve implantar o ponto eletrônico para controle de jornada, que, em um primeiro momento, só será válido para os concursados.

O MP tem 345 CCs, que custam por mês R$ 3,5 milhões. O número representa 16% do quadro de pessoal. Os procuradores têm possibilidade de ter um assessor de confiança, mas os promotores ainda não.

— O número está razoavelmente adequado. Temos projeto de lei que procura ampliar o quadro de CCs para assessoria. A ideia é dar assessor de confiança para promotores. Com isso, digo que ficará mais adequado — avalia o procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga.

O TCE gasta R$ 733 mil por mês com 108 CCs, incluindo os encargos. O número corresponde a 12% do quadro total. Os sete conselheiros podem indicar 10 assessores, entre cargos de confiança e função gratificada (FG) para servidores do quadro.

fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica




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