NO MUNDO


DISCURSO INAUGURAL DO XXº ENCONTRO DO FORO DE SÃO PAULO EM LA PAZ -BOLIVIA - AGOSTO 2014


Discurso proferido na abertura do XXº FSP, pelo vice-presidente da República Plurinacional da Bolívia (é isso mesmo, plurinacional, tanto quanto querem fazer conosco). 
É um roteiro completo de como levar um país ao totalitarismo comunista, sem rotatividade no poder e sem oposição. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

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ÚLTIMAS NA BOLIVIA

EUA Confirmado visto procurador-geral da Bolívia
A aprovação do visto para o procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, foi confirmado ontem pela embaixada americana em um comunicado.

»Procuradoria-Geral afirma que ele foi negado um visto para os EUA

30 setembro de 2013 | 17:44
  

Imagem do Procurador-Geral, Ramiro Guerrero

Notícias da Embaixada

A Embaixada dos EUA confirmou que segunda-feira de manhã, o visto foi emitido para a Procuradoria Geral do Estado Plurinacional da Bolívia, Ramiro Guerrero.

A Embaixada gostaria de assinalar que é essencial para ter tempo suficiente de antecedência de pelo menos uma semana, se não mais, para processar cada pedido de visto oficial do aplicativo.

É importante que você levar em consideração que, no caso de funcionários de alto escalão do governo, existem processos de protocolo e / ou processos administrativos devem ser perseguidos, razão pela qual não pode ser a incapacidade de entregar um visto em uma agenda de viagens muito fechar.

Desejamos que o procurador-geral uma boa viagem para os EUA em missão oficial, disse o comunicado divulgado pela embaixada americana.

Esta manhã, o procurador Ramiro Guerrero, denunciou a negação de um visto para viajar para Washington amanhã. O motivo, é a cabeça da comissão que vai contratar um escritório de advocacia para implantar nos Estados Unidos a extradição do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada e ex-ministros Carlos Sanchez Joaquin Berindoague e Berzaín.
FONTE:http://www.eldeber.com.bo


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Presidente e empresáriosPrivada de Santa Cruz, entre a críticas e elogios ao GovernoDabdoub criticou obstáculos para os exportadores e pediu as obras -chave. Evo disse que quer mais militante para MAS
21 de setembro de 2013  

 

 Morales participou de um almoço de trabalho no Tajibos hotel com líderes empresariais. Foto: Victor Hugo RiberaRUY D' ALENCAR DELGADO-rdealencar@eldeber.com.boÀs 13:30 de ontem , os líderes empresariais de Santa Cruz eo presidente Evo Morales e seus ministros se sentou na mesma mesa Hotel Los Tajibos e almoço , troca de compromissos , elogios e críticas , tudo transmitido ao vivo no canal para o estado . Por um lado, os " capitães da indústria " confirmou seu compromisso com o Governo Agenda 2025 Patriot , por outro lado , disseram que estavam preocupados com a exportação restrições , a burocracia , a ineficiência e extorsão na administração pública.

 
" Eu me preocupo com o que está acontecendo com o setor de exportação continua a ser gravemente afectado pelas restrições impostas sobre ele, causando a perda de clientes e mercados ", disse Gabriel Dabdoub , presidente da Federação das Empresas Privadas de Santa Cruz, em um ato da agenda para o aniversário de Santa Cruz.Obras importantes , sem especificarDabdoub , que deixou claro que o nível de coordenação com o setor de governo , aproveitou a oportunidade para dizer ao presidente que o "grande desafio " é para finalizar ' Rositas ' os projetos , para produzir 600 megawatts e evitar inundações , Puerto Busch para deixar o Atlântico o cimento e Yacuses Mutún .Anteriormente, alguns técnicos e porta-vozes do governo alegou cruceña materializar os projetos são priorizados e chave na região. Após seu discurso, sorrindo Dabdoub falou com o presidente.Diplomat , mas em seu caminho , Morales não permanecem sem resposta . " E quando eu ouvir , e eu estou feliz o suficiente , o presidente da Federação das Empresas Privadas de Santa Cruz disse que a segurança jurídica , mais segurança, ( ... ) e também precisa de mais ativistas políticos para MAS , todos queremos mais" , disse .Foi um encontro onde o presidente foi visto ladeado por Dabdoub esquerda e ministro do Interior , Carlos Romero , eo presidente da Câmara de Indústria e Comércio ( Cainco ) , Luis Barbery , certo . Mais ministros , líderes mais agrícolas e de construção.A agenda lotadaO primeiro-ministro disse ontem uma reunião com os líderes dos Trabalhadores Departamental Central (COD) , às 5:00 , em seguida, viajou para o Chaco Santa Cruz para inspecionar a fábrica em Rio Grande, onde participou de um ato .Depois das 12:00 , voltou a Santa Cruz para se reunir com empresários de Santa Cruz em um almoço . Às 15:30 deu cheques para financiar 62 projetos com mais de 86 milhões de Bs . No final da noite , como eles desde 2010, abriu o show ExpocruzNO DIAEu não podia acreditar que o conviteO presidente Evo Morales disse aos empresários cruceños ele "não podia acreditar " que ele tinha convidado para almoçar.Passando por um bairroO presidente chegou ao coliseu petróleo do Oriente e 53 do recurso dotado de arquibancadas e raquetes de tênis polifuncionais , sete unidades educacionais e dois centros de tecnologia.Reforço da segurançaHavia mais de 500 policiais.

FONTE:http://www.eldeber.com.bo


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   Desbaratada na   Argentina,  quadrilha de tráfico de chineses para o trabalho escravo



A quadrilha que contrabandeou os cidadãos chineses para a Argentina e vendida por 15.000 pesos (EUA $ 2.600) para o trabalho escravo foi interrompido com a prisão de dez dos seus membros, informou sexta-feira o Ministério da Justiça.

  "A organização chinesa entrou no país ilegalmente e vendido por 15 mil dólares para trabalhar em supermercados", disse Infojus site, o que depende da carteira.

  O caso, pelo juiz federal Sergio Torres e aberto da denúncia de um seqüestro ", permitiu à banda e parar de perturbar dez pessoas, sete argentinos chinês e outros", acrescentou.

  Justiça libertou 13 vítimas "que eram fisicamente e psicologicamente assunto, forçados a trabalhar mais de 12 horas por dia, sem francos, com salários muito baixos, sem ser capaz de se comunicar com suas famílias na China."

  A investigação começou com uma denúncia por seqüestro uma mulher durante uma viagem de ônibus do Paraguai para Buenos Aires.

  Finalmente, a polícia garantiu sua libertação e descobriu uma banda liderada por um homem chinês que foi envolvido no sequestro e tráfico.

  Na Argentina, os chineses foram destinados para trabalhar em supermercados, a grande maioria pertence aos cidadãos dessa nacionalidade.

  Nos últimos anos houve um "boom" nos supermercados chineses de Buenos Aires e seus subúrbios populosos, onde há atualmente cerca de 5.000, segundo a Câmara de Supermercados e Supermercados de Propriedade Moradores Chinês (Casrech).

Fonte: AFP




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Cai por terra a versão oficial do 11 de Setembro

Torres Gémeas
Investigadores dinamarqueses afirmam terem provas de que as torres gémeas foram derrubadas pelos serviços secretos israelitas com a colaboração do FBI

Já muito se falou do ataque alegadamente terrorista de 11 de Setembro às torres gémeas do World Trade Center, surgiram teorias, e especialistas levantaram muitas questões. Mas quando o investigador Cientista Larry Silverstein encontra explosivos em destroços do World Trade Center cai por terra a ideia de que o ataque foi terrorista.
Uma equipe de oito pesquisadores liderados pelo professor Niels Harrit da Universidade de Copenhaguem (Dinamarca), comprovaram a existência de explosivos altamente tecnológicos em amostra dos escombros das torres gémeas.
Essa pesquisa vem confirmar um trabalho semelhante previamente executado pelo professor Steven Jones nos Estados Unidos.
Com esta descoberta explica-se a queda livre dos prédios num processo de demolição implosiva controlada. Os aviões não poderiam derrubar as torres gémeas devido à temperatura do combustível não ser suficiente para derreter aço.
O impacto também não pode ter afectado a estrutura no nível afirmado pelo governo americano, uma vez que o prédio foi desenhado para suportar aviões daquele tamanho. O ferro derretido na base dos prédios ficou vivo por várias semanas.
E nos três meses seguintes, fotos infravermelhas de satélites mostraram bolsões de alto calor nas três torres.
Larry Silverstein comprou o leasing do WTC entre 2000 e 2001, dois meses antes do “ataque”, tendo contratado um seguro para os prédios no valor de dois bilhões de dólares contra ataque terrorista.
Na opinião dos investigadores da Universidade de Copenhague, o ataque às torres gémeas serviu para “criar ódio contra os árabes e fomentar as guerras americanas na saga pelo petróleo e a hegemonia Israelita no Médio Oriente”.
Ainda segundo os mesmos investigadores, “existem evidências de que agentes da Mossad (serviços secretos israelitas), foram capturados no mesmo dia na posse de explosivos. Todos foram libertados pelo FBI”.
Veja o vídeo.
















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viernes 13 de septiembre 2013










Evo Morales no pagará a España por nacionalización de SABSA

El presidente, Evo Morales, ha dicho que "no hay nada que negociar" con Abertis, casa matriz de la empresa concesionaria de los aeropuertos. La que acusó de hacer "grandes negociados"











AFP

"Estoy convencido que, en vez de devolver algo, más bien nos deben devolver, nos deben pagar, no hay nada que negociar con la empresa que se adueño con 26 mil bolivianos de tres aeropuertos internacionales, no hay nada que discutir", dijo Evo Morales
"Ahí ya sabemos que ha habido grandes negociados", denunció durante un acto de entrega de obras de mejoramiento en el aeropuerto Jorge Wilstermann.
Servicios de Aeropuertos Bolivianos (SABSA), que operaba los tres principales aeropuertos de Bolivia, fue nacionalizada en febrero pasado con el argumento de que incumplió con las inversiones comprometidas en la concesión.


Febrero de 2013. El presidente Evo Morales anuncia la nacionalización de SABSA, filial de Abertis en Bolivia.

SABSA,era filial de la española Abertis y Aena, que administraba las terminales aéreas de La Paz, Cochabamba y Santa Cruz desde 1997, cuando se las adjudicó por 3.700 dólares para hacerse cargo de una infraestructura de 430 millones de dólares.
El mandatario agregó, en cambio, que quiere acelerar el proceso de compensación a la eléctrica española Iberdrola por la nacionalización de dos distribuidoras eléctricas a finales del año pasado. Morales recordó que el tema de Iberdrola fue tratado en una reunión con autoridades de España, entre ellos el rey Juan Carlos
fonte:http://www.infobae.com




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fonte: http://www.oxigenobolivia.com/o2/politica/o2qid16880


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Médicos cubanos escapam da Venezuela, processam Cuba e pedem indenização por trabalho escravo


medicos-cubanos“Médicos cubanos que conseguiram escapar da Venezuela processam Cuba, Venezuela e a petroleira PDVSA em demanda apresentada ante tribunal da Justiça americana, em Miami. Pedem indenização que ultrapassa US$ 50 milhões de dólares”.
Sete médicos e um enfermeiro cubanos estão processando Cuba, Venezuela e a PDVSA (a petroleira estatal venezuelana) por conspiração para obrigá-los a trabalhar em condições de “escravos modernos”, como pagamento pela dívida cubana com o Estado venezuelano por fornecimento de petróleo, segundo informação do site venezuelano Noticias24.
Os médicos e o enfermeiro conseguiram escapar, chegando aos Estados Unidos, país que lhes outorgou vistos. Essa ação foi proposta em 2010, todavia adquire importância no momento em que o Brasil inicia contrato similar a esse que suscitou a demanda apresentada nos Estados Unidos.
Segundo a petição a que teve acesso a agência internacional de notícias Efe, os demandados intencional e arbitrariamente”, colocaram os profissionais da saúde em “condição de servidão da dívida” e esses se converteram em “escravos econômicos” e promotores políticos.
A demanda foi apresentada ante um tribunal federal de Miami (EUA) pelos médicos Julio César Lubian, Lleana Mastrapa, Miguel Majfud, María del Carmen Milanés, Frank Vargas, John Doe e Julio Cesdar Dieguez, e o enfermeiro Osmani Rebeaux.
Com esta ação proposta perante a Justiça americana, os demandantes buscam uma indenização que ultrapassa US$ 50 milhões de dólares, revelou Pablo de Cuba, um dos advogados do grupo cubano.
“Queremos estabelecer o precedente da responsabilidade patrimonial dos Estados sobre seus cidadãos. Isto é uma conspiração pré-determinada e dolosa desses governos e da empresa para submeter a trabalho forçado e servidão por dívida a esses médicos”, salientou o advogado.
Na demanda, o advogado Leonardo Aristides Cantón, que lidera a defesa, argumentou que os demandantes viajaram à Venezuela sob “engano” e “ameaças” e foram forçados a trabalhar sem limite de horas na missão “Barrio Adentro” (programa social do chavismo) em lugares com uma alta taxa de delitos comuns e políticos, incluindo zonas da selva e a “beligerante” fronteira com a Colômbia.
Os países, segundo o advogado, uniram-se numa conspiração sem precedentes na história contemporânea, com a única exceção da escravatura na Alemanha nazista, no uso do trabalho forçado.
Sublinhou também que “o convênio dos governos de Cuba e Venezuela constitui uma flagrante confabulação (maquinação) comparável ao comércio de escravos na América colonial”.
O governo venezuelano persegue, intima, captura e faz regressar a Cuba os médicos e outros profissionais da saúde que se negam a realizar trabalhos  forçados ou que tentem obter sua liberdade para sair do país sul-americano, segundo consta na petição entregue à Justiça de Miami (EUA).
Os demandantes afirmaram que viviam internados em residências alugadas ou em casas de pessoas ligadas ao regime Venezuela, enquanto trabalhavam sem a devida licença para exercer a medicina na Venezuela violando as leis desse país.
Os médicos e o enfermeiro foram submetidos por funcionários de segurança de Cuba e Venezuela a uma estrita vigilância e controle de seus movimentos, de suas relações, além de serem intimidados e coagidos, segundo consta na petição.
Esta é a segunda demanda por “escravidão moderna” que se interpõe num Tribunal de Miami (EUA).
Em outubro de 2008, um juiz determinou que o estaleiro Curacao Drydock Company pagasse indenização de US$ 80 milhões de dólares a três cubanos que alegaram que foram enviados por Cuba para trabalhar na reparação de barcos e plataformas marítimas de Curaçao sob condições “desumanas e degradantes” para pagar dívidas do Estado cubano.
Os advogados disseram nessa ocasião que a sentença representava a “primeira vez que um tribunal dos Estados Unidos responsabilizou uma companhia que negocia com Cuba por trabalhos forçados e abusos aos direitos humanos incorridos de forma acordada com o regime cubano”.

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Rebelião em ´presidio na Bolivia(SANTA CRUZ )
briga entre os internos, tocaram fogo uns nos outros
Durante a madrugada.
Fogo se espalhou rápido pelos corredores, uns morreram asfixiados
Outros queimados mesmo
Muitos asfixiados outros queimados

 CRISIS EN PALMASOLA Bolivia RED PAT #patboliviatv


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 Onda gigante fere 30 e causa pânico em cidade na China




























Mais de 30 pessoas ficaram feridas na China, quando ondas gigantes atingiram a margem de um rio no leste do país. O incidente aconteceu na quinta-feira (22), na cidade de Haining, na província de Zhejiang.

Várias câmeras registraram as violentas ondas, que foram provocadas por um tufão na região. Uma estação de monitoramento de clima disse ter registrado ondas de até 20 metros de altura, que --se confirmadas-- seriam um recorde em mais de uma década.

Os feridos foram levados ao hospital, mas não houve incidentes mais graves, nem mortes.
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Tempestades provocam estragos e mortes na China 46 fotos

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23.ago.2013 - Em imagem de quinta-feira (22) divulgada nesta sexta (23), chineses lutam contra força da água que transpõe uma barreira nas margens do rio Qian, em Haining, leste da China. Com a chegada da tempestade tropical Trami, o nível do rio Qian atingiu o recorde de 6,6 metros, gerando ondas gigantes que feriram mais de 30 pessoas AFP
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Destroços de tsunami no Japão chegam à costa dos EUA e do Canadá10 fotos

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23.abr.2013 - Caracteres japoneses são vistos em barco de pesca na Universidade Estadual de Humboldt, na Califórnia. A embarcação de seis metros chegou ao Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, após dois anos do tsunami que atingiu o Japão, em 2011. Para o NOAA (Agência Oceânica e Atmosférica Nacional) esses itens continuarão chegando aos Estados Unidos e ao Canadá por muitos anos Leia mais Lori Dengler/Humboldt State University/AFP


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atualizado às 09h25

Fotógrafa é vítima de estupro coletivo enquanto trabalhava na Índia


Uma jovem fotojornalista indiana foi estuprada por cinco homens ao fazer uma reportagem para uma revista estrangeira na cidade indiana de Mumbai, informou nesta sexta-feira uma fonte policial.  A agressão ocorreu no fim da tarde de quinta-feira em um complexo têxtil abandonado conhecido como Shakti Mills no bairro de Mahalaxmi da metrópole financeira, contou o policial à agência Ians.

A mulher, 22 anos, estava com um companheiro de trabalho que foi agredido e amarrado com uma corda enquanto pelo menos três dos cinco homens se revezavam estuprando a fotógrafa. Os agressores fugiram após o crime e as autoridades já detiveram cinco suspeitos.

Desde o fim de 2012, a Índia vem se chocando mais intensamente com os contínuos casos de violência sexual que chegaram às capas da imprensa local e internacional. Os escândalos chegaram a afetar os números do turismo internacional na Índia, segundo dados oficiais e de operadores turísticos, e as autoridades modificaram o Código Penal para endurecer as penas contra condenados por violação.
 fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/asia

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  Cristina Fernandez de Kicrhner fechada esta tarde pela Conferência Geral do Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina

 

A Presidente encerrou a conferência geral da tarde de Proscrição das Armas Nucleares

Cristina Fernandez de Kicrhner fechada esta tarde pela Conferência Geral do Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL), realizada pela primeira vez na Argentina.
 
A conferência, que se reuniu durante o dia de hoje, na sede do Ministério das Relações Exteriores, foi inaugurado pelo vice-chanceler Eduardo Zuain e contou com a presença de delegados de 33 países.O fechamento do negócio será a 18 no Salão Libertador General San Martin de Chancelaria, em 1231 este Esmeralda capital.O OPANAL foi estabelecido a fim de assegurar o cumprimento das obrigações do Tratado de Tlatelolco, que foi assinado em 1967, criando a primeira zona livre de armas nucleares em uma área densamente povoada, disse o Ministério das Relações Exteriores."Seus objetivos são garantir a ausência de armas nucleares na área de aplicação definido no tratado, contribuem para a não-proliferação de armas nucleares, promover o desarmamento geral e completo, usado exclusivamente para fins pacíficos, o material nuclear e instalações sob a jurisdição das partes e para proibir e impedir o teste, uso, fabricação, produção ou aquisição, por qualquer meio, de qualquer arma nuclear ", comentou o portfolio.A Argentina assinou o Tratado em 27 de setembro de 1967, ratificada em 18 de janeiro de 1994.A área de aplicação inclui toda a região e grande parte do Oceano Pacífico e do Atlântico, incluindo as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes.Os países membros são Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México; Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.Ele também disse que o Ministério das Relações Exteriores tem destinado mais dois Tratado protocolos que `estados jure ou de facto territórios têm a responsabilidade pela área de aplicação do tratado ou armas nucleares são reconhecidos pela comunidade internacional, como o Reino Unido, Holanda, França, EUA, China e Federação Russa.

fonte: http://www.telam.com.ar/notas/201308/29714-la-presidenta-cerrara-esta-tarde-la-conferencia-general-sobre-proscripcion-de-las-armas-nucleares.html

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 Bolívia quer renegociar gás já                    

                  
                                                O governo da Bolívia pressiona o Brasil para iniciar negociações sobre a renovação do contrato de fornecimento de gás natural que expira em 2019. A venda do gás é vital para a Bolívia - o Brasil compra 75% da produção, que representa metade das exportações totais do país vizinho.

Na semana passada, o vice-ministro de Desenvolvimento Energético, Franklin Molina, disse que os dois países já estão negociando a ampliação do contrato. Mas fontes da Petrobras, estatal responsável pela parte brasileira na negociação, não confirmaram a informação.

O assunto já mobiliza o setor privado. A indústria paulista considera que o preço pelo gás boliviano, que atende a um terço do consumo brasileiro, está muito alto - subiu 30% nos últimos 15 meses e deve subir mais com a alta do dólar. O Brasil paga de US$ 12 a US$ 15 por milhão de BTU, contra os US$ 5 do mercado americano.





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Percival Puggina

E OS PETISTAS REVERENCIAM ESSE TIRANETE...

Evo Morales a ponto de criar uma Igreja Católica Nacional na Bolívia


Depois de participar da missa de encerramento da JMJ Rio2013, o presidente da Bolívia, Evo Morales, regressou a seu país com novos brios para reforçar a fundação da denominada “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional”.

O bispo de Oruro, uma das dioceses onde se faz esse experimento, Dom Cristóbal Bialasic, adverte que o governo (de Morales) pretende dividir a fé dos bolivianos com isso que “não é bem uma Igreja, mas sim uma seita”.

“Sejamos sinceros – disse Dom Bialsasic –, é uma seita que se começou a formar e é promovida pelo Estado, nem tanto pelo Estado, mas pelo governo”.

O bispo afirma que é arbitrária a maneira como se quer consolidar esta iniciativa. O próprio Morales em 2008 qualificou a Igreja Católica como um “instrumento de dominação”.

A estratégia do presidente boliviano é similar à medida do – em 1926 – regime perseguidor da Igreja no México, liderado por Plutarco Elías Calles, que nomeou o sacerdote cismático José Joaquín Pérez Budar (Santiago Juxtlahuaca, 16 de agosto de 1851 - Cidade do México, 9 de outubro de 1931) como patriarca da “Igreja católica apostólica mexicana” para substituir a Igreja Católica.

Na Bolívia já se fala da imposição de um “arcebispo primaz”, o ex-sacerdote católico Ariel Ticona, um padre que foi expulso da Igreja Católica por mau comportamento.

Como boa parte das estratégias seguidas por Morales, esta é reflexo de algo que já se fez na Venezuela, no Peru e no Equador: atacar a Igreja Católica.

Em uma ocasião recente, Evo Morales manifestou suas dúvidas de que os roubos de bens da Igreja católica na Bolívia não tinham sido cometidos pelos próprios bispos desse país.

A imprensa boliviana qualificou de “oportunista” a viagem de Evo Morales ao Brasil para participar da missa de encerramento da JMJ. O que ele queria, segundo a imprensa, eram fotos com o Papa Francisco, que ele considera um partidário da teologia da libertação.

“São atitudes lamentáveis”, considera Dom Bialasic. “É uma invenção do governo. Dá pena porque muita gente vai se deixar levar por esse engano”, afirmou.

A “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional” está completamente alinhada com o regime político, que tenta impor um novo culto oficial no país.
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Fonte: Catolicidade

 

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Pepe Escobar: O “banho de sangue que não é banho de sangue” - A desgraça do Egito

15/8/2013, [*] Pepe Escobar, Russia Today
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Egípcios choram sobre os corpos envoltos em mortalhas em uma mesquita no Cairo em 15 de agosto de 2013  (Foto: AFP / Khaled Mahmoud)
O “banho de sangue que não é banho de sangue” no Egito mostrou que as forças mais linha-dura de supressão e de corrupção reinam supremas, enquanto interesses estrangeiros – a Casa de Saud, Israel e o Pentágono – apóiam a estratégia impiedosa dos militares.
Pare. Olhe as imagens. São cadáveres alinhados num necrotério improvisado. Como se justificaria esse horrendo banho de sangue no Egito?  Assista  vídeo (em inglês) a seguir. Escolha seu lado. Ou é remix egípcio da Praça Tiananmen, ou é banho de sangue que não é banho de sangue comandado pelos golpistas do golpe que não é golpe, com o objetivo de combater “o terror”.


Com certeza não foi operação para desalojar gente – como o Departamento de Polícia de New York “evacuando” o pessoal de Occupy Wall Street. Como tuitou um jornalista da [empresa] Sky, parecia mais “um vasto assalto militar contra civis desarmados” usando tudo, de tanques e gás lacrimogêneo até atiradores com armas de precisão no alto dos prédios.
Daí o grande número de mortos assassinados indiscriminadamente – o fogo cruzado de números vai de algumas poucas centenas (segundo o “governo de transição”) a pelo menos 4.500 (segundo a Fraternidade Muçulmana), incluindo pelo menos quatro jornalistas e Asmaa, 17 anos, filha de Mohamed El Beltagy, alto dirigente da Fraternidade Muçulmana.
El Beltagy, antes de ser preso, disse uma frase crucial:
Se vocês não tomarem as ruas, ele [o general Abdul-Fattah al-Sisi, líder do golpe que não é golpe que nomeou o governo de transição] fará do Egito outra Síria.
Errado. Sisi não é Bashar al-Assad. Que ninguém espere clamores ocidentais apaixonados, a exigir “ataques a alvos predefinidos” ou uma zona aérea de exclusão sobre o Egito. Sisi pode até ser ditador militar que mata o próprio povo, mas é dos “nossos” filhos-da-puta.
“O que nós dizemos é e vale”[1]
Consideremos as reações. Os letárgicos poodles da União Europeia clamaram por “moderação” e descreveram a coisa como “extremamente preocupante”. Declaração da Casa Branca dizia que o governo de transição deve “respeitar direitos humanos” – o que, parece, pode ser interpretado como dronagem equivalente à dronagem de Manning/Snowden, mas da escola Paquistão/Iêmen de direitos humanos.
Esse patético arremedo de diplomata, o Secretário-Geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, pelo menos foi claro: “O Egito é importante parceiro da OTAN através do Diálogo Mediterrâneo”. Tradução: a única coisa que realmente nos interessa é que aqueles árabes façam o que os mandamos fazer.
Homem chora enquanto olha para um dos muitos corpos dispostos em linha, assassinados pelas forças de “segurança” egípcias ao atacarem dois acampamentos enormes em Rabaa al-Adawiya e Praça Al-Nahda no Cairo onde partidários do presidente deposto, Mohamed Mursi estavam acampados, em 14 de agosto de 2013 (Foto: AFP / Mosaab El-Shamy)
Despido de qualquer retórica – de indignação ou outra – o ponto chave é que Washington não suspenderá a ajuda anual de $1,3 bilhão para o exército de Sisi, faça ele o que fizer. Sisi, esperto, já declarou uma “guerra ao terror”. O Pentágono o apóia. E o governo Obama também já embarcou nessa – relutantemente ou não.
Vejamos agora quem está revoltado. O Qatar, como se podia prever, condenou o massacre; afinal, o Qatar estava financiando o governo de Mursi. A Frente de Ação Islâmica, braço político da Fraternidade Muçulmana na Jordânia, encorajara os egípcios a manterem o protesto para “derrotar a conspiração” organizada pelo antigo regime – de mubarakistas sem Mubarak. [2]
A Turquia – que também apóia a Fraternidade Muçulmana – exigiu que o Conselho de Segurança da ONU e a Liga Árabe agissem imediatamente para deter “um massacre”; como se a ONU e a Liga Árabe controlada pelos sauditas fossem interromper suas três horas de almoço grátis para fazer alguma coisa.
O Irã – corretamente – alertou para o risco de guerra civil. Não implica que Teerã esteja apoiando cegamente a Fraternidade Muçulmana, especialmente depois de Mursi ter incitado os egípcios a abraçarem uma jihad contra Assad na Síria. Teerã observou é que a guerra civil já está em curso.
Agora, é cuidar da matança
“Bizantino” é pouco, para explicar o jogo de passar adiante a responsabilidade. O “banho de sangue que não é o banho de sangue” aconteceu quando o “governo” nomeado por Sisi havia prometido começar a construir uma “transição” apoiada pelos militares que seria politicamente muito inclusiva.
Mas, farto já de seis semanas de protestos que denunciavam o “golpe que não é golpe”, o governo de transição mudou a narrativa e decidiu não deixar ninguém vivo para contar a história.
Segundo as análises mais bem informadas da mídia egípcia, o Vice-Primeiro-Ministro Ziad Baha Eldin e o Vice-Presidente para Assuntos Estrangeiros, Mohamed ElBaradei queriam pegar leve contra os manifestantes; mas o Ministro do Interior, General Mohammad Ibrahim Mustafa e o Ministro da Defesa – o próprio Sisi – queriam solução medieval.
O primeiro passo foi culpar preventivamente a Fraternidade Muçulmana pelo massacre – bem quando a Fraternidade Muçulmana culpava o grupo Jemaah Islamiyah por usar Kalashnikovs e queimar igrejas e postos da Polícia.
Mulher chora sobre o corpo de sua filha envolta em mortalhas em uma mesquita no Cairo, em 15 de agosto de 2013 (Foto: AFP / Khaled DESOUKI)
A principal razão pela qual o “banho de sangue que não é banho de sangue” foi deflagrado nessa quarta-feira é que a Fraternidade Muçulmana tentou invadir o eternamente temido Ministério do Interior. Ibrahim Mustafa, linha duríssima, nunca admitiria.
Os bandidos de Sisi indicaram 25 governadores provinciais, dos quais 19 são generais, bem a tempo de “recompensar” os altos escalões militares e, assim, solidificar o “estado profundo” egípcio, ou, de fato, o estado policial. E para coroar o “banho de sangue que não é banho de sangue”, os bandidos de Sisi declararam lei marcial por um mês. Nessas circunstâncias, a renúncia de ElBaradei, queridinho do ocidente, foi pouco, e nem tirou o sono de Sisi.
“O espírito original da Praça Tahrir está agora morto e enterrado”, como disse uma  iemenita miraculosamente ainda não assassinada pelos drones de Obama, Tawakel Karman, Prêmio Nobel da Paz.
A questão chave é saber quem lucra com um Egito super polarizado, com uma guerra civil que jogue a bem-organizada e fundamentalista Fraternidade Muçulmana contra o “estado profundo” controlado pelos militares.
As duas opções são igualmente repulsivas (além de incompetentes). Mas os vencedores locais são facilmente identificáveis: a contrarrevolução – os mubarakistas duros de matar, por exemplo; um bando de oligarcas corruptos; e, mais que todos os outros, o próprio estado profundo, ele mesmo.
Reina a repressão mais linha-dura. A corrupção reina. E reinam forças estrangeiras (como a Arábia Saudita que até agora é quem está pagando a maior parte das contas, com os Emirados Árabes Unidos).
Internacionalmente, os grandes vencedores são a Arábia Saudita (que deslocou o Qatar); Israel (porque o exército egípcio é ainda mais dócil que a Fraternidade); e – quem poderia ser?! – o Pentágono, cafetão do exército egípcio. Nem em viagem pela Via Láctea haverá quem diga que esse eixo Casa de Saud/Israel/Pentágono seria “bom para o povo egípcio”.
Nosso homem é o Xeique Al-Tortura
Recapitulemos. Em 2011, o governo Obama não disse, até o último minuto, que “Mubarak tem de sair”. Hillary Clinton queria uma “transição” liderada pelo espião-chefe e ativo da CIA, Omar Suleiman – conhecidíssimo na Praça Tahrir como “Xeique Al-Tortura”.
Repórteres correm para se esconder durante confrontos entre partidários da Irmandade Muçulmana do Egito deposto presidente Mohamed Mursi e policiais. Cairo, em 14 de agosto de 2013 (Foto: AFP / Mosaab El-Shamy)
Naquele momento, a piada que circulava em círculos seletos em Washington contava que o governo Obama já era garota-de-torcida da Fraternidade Muçulmana (aliada do Qatar). Agora, como iô-iô, o governo Obama tenta encontrar jeito de distribuir a nova narrativa – o “leal” exército egípcio, que corajosamente elimina a Fraternidade Muçulmana “terrorista”, para assim “proteger a revolução”.
Para começo de conversa, nunca houve revolução alguma; foi-se a cabeça da serpente (Mubarak), mas a serpente continuou viva e chicoteando. Agora, apareceu a nova serpente, em tudo igual à velha. Além do mais, é fácil vender à arquibancada desinformada que Fraternidade Muçulmana = al-Qaeda.
O líder supremo do Pentágono, Chuck Hagel, passou o dia 3 de julho grudado ao telefone com Sisi, enquanto acontecia o “golpe que não é golpe”. O pessoal do Pentágono quer muito que todos acreditemos que Sisi garantiu a Hagel que logo estaria por cima da carne seca. Praticamente 100% do governo, na Beltway, engoliu essa. Daí brotou a versão oficial em Washington do “golpe que não é golpe”. Tim Kaine, da Virginia, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, até elogiou muito os Emirados Árabes Unidos e a Jordânia, aquelas democracias modelares, pelo entusiasmo com que acolheram o “golpe que não é golpe”.
É importante listar os cinco países que explicitamente endossaram o “golpe que não é golpe”. Quatro deles são petromonarquias do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG, também conhecido como Clube Contrarrevolucionário do Golfo: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Bahrain. E o quinto é aquela monarquiazinha, a Jordânia, que o CCG quer anexar ao Golfo.
Ainda mais patético que alguns ditos liberais egípcios, alguns esquerdistas, alguns nasseristas e sortimento variado de progressistas que defenderam a sede de sangue de Sisi, foi o vira-casaca Mahmoud Badr, fundador do Tamarrod – o movimento que liderou as demonstrações massivas que levaram à derrubada de Mursi. Em 2012, esconjurava a Arábia Saudita. Depois do golpe, prostrou-se em homenagem. Esse, pelo menos, sabe quem paga as contas.
E há também Ahmed al-Tayyeb, o Grande Imã de al-Azhar, o Vaticano do Islã sunita. Disse que “Al-Azhar (...) não sabe dos métodos usados para dispersar os protestos, só vimos o que a televisão mostrou.” Sandice. Ele várias vezes elogiou Sisi.
Partidários da Irmandade Muçulmana, do deposto Presidente Mohamed Mursi, retiram ferido durante confrontos com a polícia do Cairo na Praça Mustafa Mahmoud após forças de segurança dispersarem manifestantes em 14 de agosto de 2013 (Foto: AFP / Str)
Bato meus cílios... e você desaba
Não há outro modo de dizer isso: do ponto de vista de Washington, os árabes que se matem uns os outros até o dia do Juízo Final, e tanto faz que sunitas matem xiitas, xiitas matem sunitas, jihadistas contra secularistas, camponeses contra urbanizados, egípcios contra egípcios. A única coisa que conta são os acordos de Camp David; e ninguém tem licença para antagonizar Israel.
Assim sendo, está ótimo que os subalternos de Sisi em coturnos tenham pedido que Israel mantenha seus drones próximos da fronteira, para que possam prosseguir em sua “guerra ao terror” no Sinai. Para todas as finalidades práticas, Israel governa o Sinai.
Mas cancelou-se uma entrega de F-16s ao exército de Sisi. Na vida real, todas as vendas de armas dos EUA no Oriente Médio têm de receber “autorização” de Israel. Pode-se, portanto, conjecturar que Israel – pelo menos por hora – ainda não está muito segura sobre quais são, de fato, os planos de Sisi.
É muito instrutivo ler o que pensa Sisi sobre “democracia” – e escreveu quanto estudava no War College, nos EUA. O homem é essencialmente islamista – mas, acima de tudo, anseia pelo poder. E os Irmãos da Fraternidade Muçulmana interpuseram-se no caminho dele. Tiveram de ser aniquilados e descartados.
A “guerra ao terror” de Sisi é provável sucesso estrondoso como slogan de Relações Públicas, para legitimar sua candidatura a um mandato popular. Está tentando aparecer na foto como um novo Nasser. É Sisi o Salvador, cercado por um bando de Sisi-zetes. Um colunista escreveu no jornal Al-Masry Al-Youm que Sisi nem precisa ordenar: é só ele “bater os cílios”. A campanha Sisi-para-presidente já está em andamento.
Quem conheça os ditadores cabeça-de-lata que os EUA promoveram na América Latina nos anos 1970s sabe farejá-los de longe. Não é Salvador. Não passa de um Al-Sisi-nêitor, Al-Sisi-no – mais um inglório ditador cabeça de prego, onde meu colega Spengler definiu, sem meias palavras, como uma república de bananas, sem bananas.
FONTE: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/08/pepe-escobar-o-banho-de-sangue-que-nao.html?spref=fb

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OLHA O PERIGO!!!!

Na Venezuela

Maduro pedirá poderes especiais para combater corrupção na Venezuela

  • Se lei da habilitação for aprovada, presidente governaria por decreto e sem a necessidade do aval da Assembleia Nacional
O Globo
Com agências internacionais
Publicado:
Atualizado:






























Nicolas Maduro em pronunciamento na semana passada sobre o desarmamento
Foto: JUAN BARRETO / AFP





























Nicolas Maduro em pronunciamento na semana passada sobre o desarmamento JUAN BARRETO / AFP
CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira que vai buscar a aprovação de uma lei que lhe conceda poderes especiais e lhe permita governar por decreto e sem a necessidade de aprovação da Assembleia Nacional, com a promessa de combater a corrupção que tem afetado a sua popularidade. Sem mencional diretamente a chamada lei habilitante, o chefe de Estado pediu o apoio da juventudade para que - com poderes especiais - ele adote um processo de reforma nas leis contra a impunidade.
- Como chefe de Estado, vou convocar uma emergência nacional na luta contra a corrupção e vou pedir poderes especiais para adotar um processo de reforma das leis e de mudança da institucionalidade - disse Maduro, em uma cerimônia pública em comemoração ao Dia Internacional da Juventude.
Com a popularidade atingida pela alta inflação, o crime e a escassez de produtos, o sucessor de Hugo Chávez busca adotar a bandeira da luta contra a corrupção, após uma apertada vitória na eleição de abril. Em seu pronunciamento, o presidente prometeu ainda mudar todas as leis se for necessário para combater a corrupção.
- Se é necessário fortalecer a legislação anticorrupção na nossa Constituição, vamos fazer isto. Se é necessário mudar todas as leis para enfrentar a corrupção, irei fazer. Mas eu quero pedir o apoio de todos vocês. Eu quero pedir um apoio ativo. Essa luta só será vitoriosa se a juventude com sua rebeldia e sua crítica no apoiar - acrescentou.
Para conseguir a aprovação da lei habilitante, Maduro precisa de três quintos do Parlamento, ou 99 deputados. Atualmente o governo conta com 98 parlamentares dos 168 da Casa, o que pode representar um impasse. Desde que tomou posse há quatro meses, o presidente tem liderado uma investida contra a corrupção em que 50 pessoas foram detidas nas última duas semanas. No entanto, nenhum ministro ou alto dirigente do partido governista foi detido até o momento.
A oposição reagiu ao anúncio questionando a intenção de Maduro de combater a corrupção. Os rivais afirmaram que o presidente está pretendendo realizar uma caça às bruxas contra os opositores. Desde que Maduro assumiu, dois deputados e dois governadores da oposição passaram a ser investigados por crimes como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente Hugo Chávez, que morreu em março, governou durante vários meses de 2000, 2001, 2008 e 2010 sob o amparo de leis que o permitiam baixar decretos sem a necessidade da aprovação da Assembleia Nacional. Nesses períodos, ele criou mais de 200 leis, incluindo a nacionalização da indústria do ouro, a criação de um banco agrícola e a reformulação das Forças Armadas.
Alerta contra denúncias da oposição
Maduro também aproveitou o pronunciamento para alertar seus partidários sobre possíveis denúncias das oposição que surgiriam nos próximos dias. Nas palavras do presidente, foi descoberto um pote podre no finaciamento da direita venezuelana, sem dar mais detalhes sobre o assunto.
- Estejam atentos ao que se vai denunciar nos próximos dias. Uma podridão total no ponto de vista humano e ético no que diz respeito à direita venezuelana, que se esconde em falsos valores - afirmou.

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NA BOLIVIA

“Não queremos ser reconhecidos. Queremos que nos deixem ser”
O cotidiano de El Alto, na Bolívia, mostra a importância de se discutir a relação entre os indígenas e o meio urbano nas cidades da América Latina
Por Lídia Amorim
El Alto, região metropolitana de La Paz, Bolívia. Quem chega pela primeira vez aqui se depara com cenários totalmente diferentes do que se encaixaria no conceito de cidade que o mundo ocidental contemporâneo reconhece. Com 1 milhão de habitantes, sendo que 83% se reconhecem como indígenas – principalmente de ascendência aymara ou quéchua –, a cidade é uma urbe que intriga e provoca admiração, sobretudo pela sua aparente desordem. Mas não é que não tenha uma ordem. O centro da cidade – sem praça principal nem igreja matriz – obedece a uma ordenação própria, com uma lógica comunal e originária. Formada por migrantes que, a partir dos anos 1960, chegaram à cidade de La Paz buscando melhores condições de vida, El Alto é, nas palavras do yatiri e especialista em semiologia andina Marcelo Zaiduni, “o caos ordenado”. E, mais que isso, trata-se de um gigantesco exemplo latino-americano de uma possível – e necessária – integração entre povos originários e a cidade.
Quando alguém chega para viver em El Alto, principalmente se é estrangeiro, é recebido com desconfiança. O andino é natural e historicamente desconfiado, e cada bairro é a representação de uma coletividade. Querem saber quem é você, o que faz e por que veio.  E todos vigiam até que o coletivo se acostume. Quando isso acontece, é como se você fosse adotado por uma grande família. “Nos ayllus, sempre trabalharam os aymaras, nossos antepassados, que se ajudavam. Assim sobreviveu o povo aymara até agora”, conta Felipa Catacora, vice-presidenta da poderosa Fejuve – Federação de Juntas de Vizinhos de El Alto.
Cada bairro tem uma junta de vizinhos, uma reprodução do modelo de organização das comunidades. E a prova disso é uma organização impressionante – com modelos de justiça e regras próprias. Essa capacidade de articulação é o que faz com que qualquer governante trema e jamais queira confusão com a cidade, mais alta que a já elevada La Paz em 400 metros.
Para muitos, a vida urbana deveria se caracterizar pelo anonimato da cidadania comum. Os grupos de pessoas que adotam regras e comportamentos sobre os quais estabelecem uma identidade própria sempre foram o terror de grandes modelos urbanos. São a anticidade. É mais ou menos o que acontece com os novos bairros – e no caso de El Alto, cidades – étnicos. É onde se canta, dança, se fala com outros sotaques, costumes, idiomas. Onde nascem e se protegem novas identidades. Os indígenas urbanos reproduzem essa segmentação cultural, indo contra qualquer tipo de convenção. Não é um processo visível em todas as cidades latino-americanas, mas é uma tendência cada vez mais forte, já que milhares de originários todos os dias chegam às grandes urbes do continente.

(Foto Boris García)
O centro de El Alto, conhecido como Ceja, é palco histórico do surgimento de uma nova lógica, de um cerco que amedronta a cidade criolla – ou que muitas vezes se deseja criolla – que está mais embaixo. A primeira vez que esse lugar aparece na história de uma maneira muito simbólica é no cerco de Tupac Katari, Bartolina Sisa e seus aliados à cidade de La Paz, em 1781. Foi o protesto indígena mais significativo da região andina. Uma tentativa de recuperar Chuquiago Marka (nome de La Paz antes da chegada dos espanhóis).
O indígena saiu da sua comunidade e se instalou com sua família, seus poucos bens e sua imensa cultura. Essa cultura devorou a La Paz colonial. E o cerco já não é físico como na época de Tupac Katari, mas se torna cada vez mais forte.
Ser indígena
A Bolívia é considerada um país indígena, assim como Peru, Guatemala, México, Equador. Mas, afinal, qual é o significado de ser indígena hoje? Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), para ser reconhecido como tal, é necessário falar no seu cotidiano um idioma originário, ter ligação com algum território originário, e principalmente, se autorreconhecer. Mas essa definição é suficiente quando o tema é a defesa dos direitos dos povos? Território, autonomia, identidade e dignidade – direitos fundamentais a serem defendidos onde quer que seja. Hoje, uma das principais lutas do movimento indígena na América Latina é também a defesa dos seus direitos como cidadão – considerando como cidadão aquele que vive nas cidades e tem direito e deveres.
A presença e a visibilização da população indígena nas cidades e seu crescente nível organizativo levaram a uma reavaliação do conceito de indígena, categoria analítica e social que muitas vezes era relacionada apenas a grupos que viviam no campo. Quando cheguei à Bolívia pela primeira vez, há sete anos, um dos companheiros de El Alto comentou: “Vivo na cidade, faço faculdade, tomo Coca-Cola, canto hip-hop, e não é por isso que deixo de ser aymara. Minha identidade vai comigo aonde quer que eu vá.”
É o que também crê o ator aymara Juan Carlos Aduviri, indicado aos Prêmios Goya como melhor ator por sua atuação no Filme E também a chuva, de Icíar Bollaín. “Eu posso conviver com qualquer pessoa sem deixar de ser eu, Aduviri, que é meu sobrenome aymara. Quero recuperar meu idioma, tento viver os costumes aymaras na minha casa. Não matar nem uma mosca só por matar, não fazer dano. Muitas vezes, no passado, eu mesmo quis romper com minhas raízes aymaras. Um dia meu pai me falou uma coisa que me tocou muito – que prefiro guardar para mim. E cheguei à conclusão de que se quero alguma coisa nessa vida, primeiro tenho que saber de onde venho. Sou filho de um aymara mineiro e de uma camponesa aymara. Quando me dei conta disso, comecei a encontrar meu lugar, orgulhoso disso”, explica.
O imaginário de que o indígena deve estar no campo ou na floresta, assim como a situação de miséria em que muitos grupos vivem nos centros urbanos como fruto da exclusão social e da violência – situação que afeta diferentes grupos migrantes – fazem desse um tema sensível e complicado. Além disso, surgem temas delicados, como saúde, educação e serviços de acordo com o idioma, usos e costumes do indígena urbano. Nasce, assim, a necessidade de reivindicar os direitos indígenas também nas cidades.
Na Bolívia, mais de 60% das pessoas que se reconhecem como parte de algum povo ou nação originária vivem nas cidades. Surgem problemas com agentes internos e externos questionando a identidade. Muitas vezes, o indígena que vive nas cidades sofre duplo preconceito: por parte de seus habitantes, que sempre o veem como um agente externo, migrante ou visitante e não como parte do fluxo e da dinâmica urbanos, e também a rejeição por parte dos mesmos membros de sua comunidade de origem, que muitas vezes deixam de aceitá-lo como igual, já que supostamente adotou características citadinas. “Só alguns guaranis, que conhecem a profundidade da minha reflexão sobre a minha identidade, consideram que sou uma deles, e não uma mestiça a mais”, conta Isapi Rua, comunicadora e videasta boliviana guarani.
Isapi deixou sua comunidade e migrou à cidade de Santa Cruz para estudar. Sentiu na pele a lógica perversa com que a cidade, localizada no oriente boliviano, recebe o indígena, tratando-o como alguém que invade a cidade e não tem direito a ela. “Quando cheguei à cidade tinha 16 anos. O choque cultural para mim foi muito forte, queria voltar para minha comunidade. Os assédios na rua, a solidão, no colégio faziam piada com a minha maneira de falar. Tudo isso me desesperava”, relembra.
A mesma coisa acontece em diferentes partes da América Latina, inclusive no Brasil. São Paulo tem grandes comunidades indígenas urbanas vivendo em periferias, sem acesso à cidadania. Muitos migraram buscando melhor qualidade de vida. E o Brasil muitas vezes prefere ignorar o tema. São Paulo não é a única. As cidades brasileiras estão cheias de grupos indígenas, reunidos em coletividade ou dispersos, todos lutando pelo direito a uma cidadania indígena urbana.
“Não queremos ser reconhecidos, não necessitamos. Queremos que nos deixem ser.” A intervenção realizada pelo intelectual indígena boliviano Hugo Cordero em um congresso que buscava “reconhecer” o conhecimento originário abalou todo o evento e deixou parte da plateia refletindo sobre o tema. “Quando os europeus chegaram aqui, nos chamaram de selvagens, de índios, agora nos chamam de indígenas. Nos chamaram e nos chamam de muitos nomes. Muitos. Mas não somos nada disso. Somos aymaras”, considera Felipa Catacora, vice-presidente da Fejuve.
A vida na cidade
Uma característica muito peculiar de El Alto é que muitas pessoas vivem nas cidades, mas não abandonam seu lugar de origem. São dois grupos: há os que vivem principalmente na zona urbana, mas mantêm sua parcela de terra em sua comunidade, frequentando as festas locais e estando, de uma ou outra maneira, sempre presentes. E há aqueles que vivem na comunidade, têm atividades relacionadas ao campo, como a agricultura e a criação de animais – mas mandam os filhos para estudar na cidade e dependem dela para vender seus produtos e, por isso, também têm sua casa na zona urbana. Ambas são maneiras de viver em trânsito. Pude conhecer pelo menos duas comunidades aymaras que evidenciam esses modos de vida, e muitas delas durante alguns dias específicos estão praticamente vazias, habitadas apenas por crianças e idosos.
Esse modo de viver em trânsito, de ir e vir e ter o comércio e a troca de mercadorias como principal atividade, é algo que remete ao período pré-colonial. Existem evidências históricas de que, antes da chegada dos espanhóis, muitas das cidades atuais eram centros e pontos de encontro comercial de diferentes povos para intercâmbio de mercadorias e produtos – o trueque. Assim, aymaras, quéchuas, guaranis e diversas outras etnias intercambiavam conhecimentos, relações e produtos.
Os persistentes laços com o campo no altiplano aymara ajudam a entender o assunto das juntas de vizinhos em El Alto. Não existe bairro da cidade em que os vizinhos não sejam parte de uma associação. E sempre fazem festas. Muitas festas. As ruas não são lugares só pra transitar. São também locais para se manifestar, se encontrar e claro, para festejar.
Em 1985, El Alto foi declarado município independente de La Paz e, desde 2007, já supera La Paz em número de habitantes. Nesse momento, é a segunda maior cidade da Bolívia, perdendo somente para Santa Cruz de la Sierra. E, pelas ruas da cidade, sua prosperidade se espalha de uma maneira muito própria, com um modelo arquitetônico característico do lugar – a arquitetura alteña.
A retomada indígena atualmente não se faz com balas nem com cercos, nem com protestos. É simbólica, silenciosa e mais eficaz que qualquer outra. Há menos de 500 anos, Chuquiago Marka – um dos mais importantes centros comerciais do mundo andino – foi dividida ao meio pelos espanhóis. De um lado, espanhóis e criollos; do outro, indígenas proibidos de ingressar na zona “branca”. O rio que dividia a cidade já não é visível, hoje, na região central. Coberto pelo cimento, só é vislumbrado na memória dos avós e em alguns livros.
Hoje, as senhoras de pollera caminham orgulhosas pelas ruas com suas roupas coloridas, de tecidos brilhantes, suas mantas de vicunha, seus chapéus borsalinos. É a caríssima moda chola, que mistura influências indígenas, o modo de vestir das espanholas na época da colônia e tendências atuais da moda – que podem ser vistas principalmente nas joias e nos tecidos utilizados. Quem não pode pagar costura. A urbanização do indígena. E a indianização do urbano. “O aymara é muito analítico e de cada cultura analisa o que pode usar e adaptar ao que é seu, se apropria de elementos exteriores sem deixar de lado o que é próprio”, explica o sociólogo Marcelo Rodriguez.
Uma das festas mais simbólicas da cidade de La Paz é a Festa do Senhor do Gran Poder. Milhares de dançarinos tomam as ruas da cidade e são apresentadas danças típicas de diferentes regiões do país, sendo a principal delas a morenada. A festa del Gran Poder, apesar de ter características católicas (o santo de devoção) é por essência indígena. Nela, estão representações da cultura aymara: a morenada (e outras danças de origem indígena), o sentimento de comunidade representado pelas “fraternidades”, a moda chola. “O centro da cidade ainda está configurado como um espaço da elite e uma forma de conquistar e ocupar espaços é dançando”, explica Marcelo Rodríguez. Uma gigantesca tomada simbólica das ruas de La Paz.
Existem muitas modalidades de adaptação dos indígenas às cidades. Em algumas partes – como em muitos municípios brasileiros –, a segregação urbana predomina. Surgem as mixtecas mexicanas, as aldeias maias guatemaltecas. Em outras cidades latino-americanas, eles se confundem entre as massas citadinas, chegando a formar maiorias. Tornam-se partes inteiras, organizam seus próprios territórios, bairros, suas cidades. É o caso de La Paz e El Alto. Aqui, os indígenas urbanos buscaram uma ressignificação da sua cultura e uma nova maneira de entender e levar adiante. Criaram seu próprio conceito de cidade.
Assim, os indígenas levam suas culturas às cidades e as reinterpretam. Para alguns, o resultado pode ser uma imitação estilizada do que acontece no campo. Uma opinião, de acordo com o pesquisador chileno José Bengoa, “estética, mas não culturalmente válida”. Dia a dia aumenta nas cidades a presença de yatiris, xamãs, curandeiros do corpo e da alma. Os conceitos e paisagens se misturam.  F

Aqui e ali – Indígenas urbanos na América Latina
Não é uma novidade a discussão sobre a relação entre indígenas e meios urbanos. Quando os europeus chegaram por esses lados, Tenochtitlan, no México, tinha população indígena e era muito maior que as grandes cidades europeias, por exemplo. Logo se começou a pensar que, se estavam na cidade, deixavam de ser indígenas, uma definição equivocada e muitas vezes conveniente. O estereótipo do indígena como camponês permitiu – e ainda permite – aos governos não dar atenção especifica aos indígenas em diversas áreas.
A Bolívia é apenas um exemplo dos processos que vive a América Latina no que diz respeito aos indígenas urbanos. Assim como na Bolívia nos anos 1960, ser indígena no Peru era sinônimo de ser ignorante, sujo, pobre, e assim já não se chamavam indígenas, e sim campesinos todos os que migravam do campo à cidade. Nessa época, quem ia a Lima se “acholava”. Referir-se a alguém como cholo era profundamente depreciativo e dizia respeito a quem já não se assumia como indígena, mas também não era aceito pela cidade como branco.
No Peru, as coisas começaram a mudar com a guerra declarada pelo Sendero Luminoso. Nesse momento, milhares de indígenas migraram para as cidades, mas já não buscando deixar de ser originários. Chegaram com sua cultura, seu idioma, suas festas e foram transformando o cenário do país. Mas, ainda assim, seja no Peru, na Bolívia, no Chile ou no Brasil, ainda existe preconceito, um olhar de rabo de olho, um não querer sentar-se ao lado da índia que carrega seu bulto.
No Chile, apesar dos esforços dos mesmos governos em massacrar e esconder os indígenas que vivem no país, a população de mapuches, segundo o último censo realizado em 2002, chega a 700 mil pessoas, das quais só 250 mil vivem no campo. Só em Santiago são 300 mil que se reconhecem como mapuches. Bengoa conta que, entre lixões e campinhos de futebol, se encontram grupos de indígenas em Santiago para realizar seus rituais milenários. O xamã é da cidade. Praticamente todos os presentes nasceram lá. Escolas já iniciaram a educação intercultural bilíngue, mas, ainda assim, nas redes sociais é possível ver protestos e textos revoltados porque, depois de séculos de resistência, os mapuches ainda são a parte mais vulnerável da população. E continuam sendo exterminados.
A situação também é complicada na Guatemala, país de grandes sacerdotes maias e de sábios de conhecimento tradicional. Nesse momento, a luta é para que o ditador Efrain Ríos Montt, protagonista da ditadura mais sangrenta e longa da história da América Latina, seja condenado pela morte de milhares de indígenas e membros de movimentos sociais. Depois de um juízo permeado de horripilantes histórias de torturas, violações e assassinatos, Ríos Montt foi, inicialmente, condenado a 80 anos de cadeia por genocídio.
Os indígenas ainda comemoravam quando a condenação foi revogada dias depois por um recurso apresentado pelo advogado do ditador. “O movimento social indígena está passando por situações difíceis, e ainda não existe um projeto nem um instrumento político do povo”, desabafa Felipe Gómez, intelectual maia. “Nas cidades, os maias são absorvidos pelo consumismo e poucos têm expectativas. Mas, ainda assim, lutando contra tudo e contra todos, existem aqueles que trabalham, vivem e não perdem sua identidade, seus idiomas e valores”, conta.
A lista de como vivem os indígenas nas cidades da América Latina é imensa e os relatos não caberiam aqui. No mesmo Brasil, milhares vivem nas cidades e muito pouco sabemos ou conhecemos sobre o tema. Ainda se insiste em dizer que os indígenas brasileiros são poucos e vivem nas matas, de onde, para muitos, não devem sair. Mas não é bem assim. Eles chegam buscando melhores condições de vida ou estudos e formam comunidades ou aldeias urbanas. As cidades no Brasil recebem o indígena com ignorância, preconceito e muitas vezes, com violência. “A minha irmã foi à cidade para fazer faculdade e ainda hoje passa por muito preconceito. Muita gente às vezes não fala que é indígena para não sofrer. Vejo um Brasil racista e capitalista, que só pensa no dinheiro e usa os povos, os negros e os indígenas”, comenta Daiane Lopes Eimejerago, cineasta bororo.
Daiane é uma das primeiras mulheres cineastas indígenas do Brasil e está lançando seu primeiro documentário longa-metragem. Segura, quer utilizar a imagem para contar a história do seu povo, a sua própria história. “Muita gente vive na cidade e fala do indígena, mas não sabe qual é a realidade dele nem na aldeia, nem na cidade. E a maioria dos brasileiros, na verdade, são indígenas. Antes que chegassem europeus, já existiam milhares de indígenas e hoje nos tratam como animais”, comenta.
Diferentes etnias e grupos se apropriam hoje dessas ferramentas em todo o continente. Os resultados são belíssimos trabalhos audiovisuais, denúncias cinematográficas, campanhas em diferentes redes sociais. “Quando conheci o cinema, numa pequena tela em preto e branco, decidi que queria escrever em imagens e sons”, conta Isapi Rua. Absorver e adaptar. Aprender, se apropriar. “Creio que essas tecnologias vão permitir que nos articulemos com outros povos indígenas no mundo e coletivos que estão na luta pelos direitos humanos”, considera Isapi.
E assim vão construindo-se redes. Criam-se instituições como a Associação de Médicos Tradicionais de La Paz ou a Associação de Empresários Mapuche, no Chile. São fenômenos importantes que devem ser analisados com cuidado. Os indígenas urbanos começam a deixar o anonimato. A tendência dessa nova emergência indígena é que pouco a pouco se possa mostrar que, na verdade, estamos falando de maiorias.
As migrações e a ampliação da consciência étnica conduzem a uma integração em que a comunidade de origem conserva um papel simbólico e cerimonial central. Por essa razão, em nenhum momento a luta pela defesa do território perde a importância ou o significado. Pelo contrário. O território ancestral, histórico, tradicional, tem um papel fundamental na vida dos povos e na história humana. É onde estão enterrados os ancestrais, onde existe uma história simbólica, por isso está tão ligado à identidade, à autonomia e à dignidade. “Ser indígena para mim é uma opção política de luta, antes pelo reconhecimento do território, agora pela gestão dele”, defende Isapi Rua.
O que os governos no continente ainda não conseguem entender é essa nova configuração e forma de ver o mundo, com especificidades nas comunidades que estão no campo e nas novas comunidades indígenas urbanas. Para uma verdadeira cidadania indígena e a verdadeira garantia de direitos, é necessário estudar, escutar e conviver, derrubando estereótipos.
E em La Paz, uma vez mais o Gran Poder toma a cidade com suas cores, sons e força nesse cerco simbólico – absorver e se apoderar. De maneira geral, o objetivo de todos os povos latino-americanos é um só: ser igual na diversidade – ter direitos iguais, mas considerando suas especificidades e necessidades. Parece simples, mas se torna complicado diante da incapacidade para compreender tal diversidade.
FONTE:http://revistaforum.com.br/blog/2013/08/nao-queremos-ser-reconhecidos-queremos-que-nos-deixem-ser/

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