Oposição "pode juntar quem quiser" que não derrotará Dilma em 2014, diz Lula
Camila Neuman
Do UOL, em São Paulo
discurso repleto de ironias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
mandou um recado à oposição ao declarar que os adversários "podem
juntar quem quiser" que não irão derrotar Dilma Rousseff nas eleições
presidenciais de 2014. Ao lado de lideranças do PT e de outras siglas,
Lula discursou para centenas de militantes que compareceram à festa
organizada comemorar os dez anos do partido no governo federal.
"Eles podem se preparar, juntar quem eles quiserem, que, se eles têm
dúvida, vamos dar como resposta a reeleição de Dilma em 2014. É essa a
consagração da politica do Partido dos Trabalhadores", disse o
ex-presidente no encerramento de seu discurso. Em seguida, Lula foi
ovacionado pela plateia com o tradicional grito "olê, ole, olá, Lula,
Lula."
O ex-presidente disse que o governo petista não pode ser derrotado em
2014 porque "os partidos de lá [da oposição] estão fragilizados". "Eles
estão sem valores, sem discurso, sem propostas. Qualquer coisa que eles
tentarem fazer, nós fizemos mais e melhor. É por isso que queremos fazer
esse debate com eles, com a opinião publica, com a imprensa."
Lula também respondeu às afirmações do antecessor Fernando Henrique
Cardoso, que chamou de "picuinha" as declarações da presidente Dilma
Rousseff durante o anúncio da expansão do benefício do Bolsa Família. Na ocasião, Dilma disse que "não tem medo de comparações, inclusive sobre a corrupção".
Sempre chamando a oposição de 'eles', Lula afirmou que, em 2006, "eles
chegaram a pensar que tinham nos derrotado" --em 2005, o governo Lula sofreu seu principal baque depois de deflagrado o escândalo do mensalão, mas no ano seguinte, o petista foi reeleito.
"Não foi fácil porque eles não acreditavam e continuam não acreditando
[no Bolsa Família]. Eles logo inventaram que era ‘porta de saída’,"
disse. "Deixa o pessoal comprar um lanche com o Bolsa Família pelo
menos. [...] E o preconceito quando começaram a dizer que pobre vai
virar vagabundo? ", acrescentou Lula.
Em seguida, o ex-presidente disse que o "Lulinha Paz e Amor" --termo
inventado por Ciro Gomes para descrever um comportamento mais ameno de
Lula em 2002, comparando com a postura dele em eleições anteriores--
"nos trouxe a sabedoria de criar a base aliada e de criar as condições
de ensinar esse pais a conviver democraticamente na diversidade."
Antes de Lula, discursou o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que,
ao elogiar a presidente Dilma Rousseff, disse não imaginar que uma
mulher iria "enquadrar" o sistema financeiro internacional.
"Nunca imaginei que seria uma mulher que iria enquadrar o sistema
financeiro internacional", disse o prefeito, que qualificou a presidente
como um "exemplo de fibra e determinação", afirmou Haddad, no discurso
de abertura da festa, realizada no hotel do Parque do Anhembi.
Em seguida, Haddad manifestou desejo de ver Dilma governar o país até
2018. "Foi a senhora que mostrou já nesse governo que era sim possível
fazer as reformas que o Brasil precisava e fazer as que o Brasil ainda
precisa. E que queremos ver realizar nos dois anos, e se depender de
mim, nos próximos seis anos."
Sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad disse também
ter se surpreendido com a sua eleição em 2002. O prefeito afirmou que
morava fora do país e resolveu votar com a família para votar em Lula no
segundo turno. "Outra coisa que eu não pudia imaginar. Eis que em 2002
Lula surpreende, é eleito e o povo brasileiro passa a ter voz."
O clima de festa foi interrompido pouco antes da fala de Haddad, quando
uma militante gritou dizendo que o auditório estaria vazio em
comparação a enorme fila de militantes que estariam esperando para
entrar no evento do lado de fora do hotel. De acordo com a assessoria do
evento, mais de mil pessoas aguardam do lado de fora da festa.
Vaias para Kassab
Presente ao evento, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab foi
vaiado pela militância petista. O líder do PSD foi colocado em lugar
destaque do evento, ao lado de outros aliados do partido. A mesa dos
aliados, sobre um palco, foi montada atrás da mesa com as lideranças
petistas. Ao ser chamado para compor a mesa, Kassab recebeu vaias
efusivas dos presentes.
Antes de fundar o PSD, Kassab integrou o DEM, inimigo histórico do PT, e
era apoiado pelo PSDB de José Serra. Após fundar a sigla, em 2011, o
ex-prefeito buscou aproximar-se com o PT. Atualmente, o PSD integra a
base de sustentação do governo federal e do prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad.
"O governo [do PT] trouxe para o Brasil avanços extraordinários. O povo
brasileiro reconhecidamente vive muito melhor. O povo hoje tem acesso a
programas sociais. O PSD se sente muito confortável em estar aqui
presente em trazer aqui esse apoio. Parabéns à militância petista, aos
dirigentes petistas, parabéns ao presidente Lula, à presidente Dilma",
disse Kassab.
Depois de afagar o PT, o ex-prefeito chegou a receber algumas palmas, mas também ouviu gritos de "Fora Kassab".
Na mesma mesa de Kassab estão também os ex-ministros, demitidos por
Dilma Rousseff, Carlos Lupi (PDT) e Alfredo Nascimento (PR), os
senadores Eduardo Lopes (PRB), Robson Amaral (PTN) e Valdir Raupp
(PMDB)além de Renato Rabelo, presidente do PCdoB.
Lula, com terno cinza claro e uma gravata com as cores do Brasil,
integra a mesa petista, assim como presidente Dilma Rousseff, que está
de vermelho.
Na mesma mesa estão os governadores Agnelo Queiroz (Distrito Federal),
Jaques Wagner (Bahia), Marcelo Déda (Sergipe), Tião Viana (Acre) e o
prefeito Haddad, que, a exemplo de Lula e Dilma, foi muito aplaudido.
Dirceu, Genoino e Cunha
Os petistas José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, condenados
pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão, tiveram
uma recepção calorosa por parte da militância do PT na festa
Genoino e Cunha, ambos deputados federais, chegaram ao local por volta
das 18h30, por uma porta a qual a imprensa não teve acesso. A militância
petista recepcionou ambos com abraços. Os presentes formaram uma fila
com aproximadamente 30 pessoas para cumprimentar Genoino. Dirceu chegou
por volta de 19h, e sua presença também foi festejada pelos presentes. O
ator global José de Abreu, amigo de Dirceu que irá se filiar ao PT, o acompanhou na chegada.
Assim como ocorreu com Genoino, militantes do partido formaram uma
longa fila para abraçar Dirceu. Por volta de 19h20, chegaram os
ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Carvalho
(secretaria-geral da Presidência), Aloizio Mercadante (Educação) e
Alexandre Padilha (Saúde), que passou por Dirceu sem cumprimentá-lo.
Outros petistas históricos, como Benedita da Silva, Luiz Dulci, Professor Luizinho e Marcelo Déda, já estão no evento.
O evento
O espaço onde ocorre a festa, com capacidade para 850 pessoas, não foi
suficiente para abrigar todos que se dirigiram ao local. Um espaço
anexo, equipado com telão, foi montado para cerca de 400 presentes.
Segundo a organização, mais de mil pessoas acabaram ficarando do lado de
fora.
O cartaz do evento estampa os rostos de Lula e Dilma e a frase "o
decênio que mudou o Brasil". No convite, o partido conclama para as
"comemorações dos dez anos do Governo Democrático e Popular".
O ato petista acontece um dia depois de Dilma anunciar a inclusão de 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família,
programa criado no governo Lula. Para isso, o governo anunciou a
elevação da renda doada para mais de R$ 70 por pessoa das famílias
agraciadas com a renda – o valor é considerado limite para a pobreza
absoluta.
A erradicação da pobreza extrema é uma promessa eleitoral de Dilma. Os
recursos para o aumento dos beneficiários somarão R$ 733 milhões aos
cofres públicos.
"O Brasil vira uma página decisiva na longa história, na nossa longa
história de exclusão social. Nela está escrito que mais 2,5 milhões
brasileiros estão deixando a extrema pobreza", afirma a presidente Dilma
Rousseff durante a cerimônia de anúncio da nova medida. "Por não termos
abandonado o nosso povo, a miséria está nos abandonando.", disse Dilma
durante o pronunciamento em Brasília.
FHC diz que PT faz ‘picuinha’
As declarações de Dilma irritaram a oposição, em especial os tucanos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gravou um vídeo
no qual declarou que o PT faz "coisa de criança" e "picuinha" ao
criticar governos passados. Em trecho do vídeo, FHC diz que "Eles pensam
que o Brasil começou agora. Não começou. No meu governo, eu mudei o
rumo do Brasil, que estava muito desorganizado".
fonte:http://noticias.uol.com.br
Em
Oposição "pode juntar quem quiser" que não derrotará Dilma em 2014, diz Lula
Camila Neuman
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
discurso repleto de ironias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
mandou um recado à oposição ao declarar que os adversários "podem
juntar quem quiser" que não irão derrotar Dilma Rousseff nas eleições
presidenciais de 2014. Ao lado de lideranças do PT e de outras siglas,
Lula discursou para centenas de militantes que compareceram à festa
organizada comemorar os dez anos do partido no governo federal.
"Eles podem se preparar, juntar quem eles quiserem, que, se eles têm dúvida, vamos dar como resposta a reeleição de Dilma em 2014. É essa a consagração da politica do Partido dos Trabalhadores", disse o ex-presidente no encerramento de seu discurso. Em seguida, Lula foi ovacionado pela plateia com o tradicional grito "olê, ole, olá, Lula, Lula."
O ex-presidente disse que o governo petista não pode ser derrotado em 2014 porque "os partidos de lá [da oposição] estão fragilizados". "Eles estão sem valores, sem discurso, sem propostas. Qualquer coisa que eles tentarem fazer, nós fizemos mais e melhor. É por isso que queremos fazer esse debate com eles, com a opinião publica, com a imprensa."
Sempre chamando a oposição de 'eles', Lula afirmou que, em 2006, "eles
chegaram a pensar que tinham nos derrotado" --em 2005, o governo Lula sofreu seu principal baque depois de deflagrado o escândalo do mensalão, mas no ano seguinte, o petista foi reeleito.
"Não foi fácil porque eles não acreditavam e continuam não acreditando [no Bolsa Família]. Eles logo inventaram que era ‘porta de saída’," disse. "Deixa o pessoal comprar um lanche com o Bolsa Família pelo menos. [...] E o preconceito quando começaram a dizer que pobre vai virar vagabundo? ", acrescentou Lula.
Em seguida, o ex-presidente disse que o "Lulinha Paz e Amor" --termo inventado por Ciro Gomes para descrever um comportamento mais ameno de Lula em 2002, comparando com a postura dele em eleições anteriores-- "nos trouxe a sabedoria de criar a base aliada e de criar as condições de ensinar esse pais a conviver democraticamente na diversidade."
Antes de Lula, discursou o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que, ao elogiar a presidente Dilma Rousseff, disse não imaginar que uma mulher iria "enquadrar" o sistema financeiro internacional.
"Nunca imaginei que seria uma mulher que iria enquadrar o sistema financeiro internacional", disse o prefeito, que qualificou a presidente como um "exemplo de fibra e determinação", afirmou Haddad, no discurso de abertura da festa, realizada no hotel do Parque do Anhembi.
Em seguida, Haddad manifestou desejo de ver Dilma governar o país até 2018. "Foi a senhora que mostrou já nesse governo que era sim possível fazer as reformas que o Brasil precisava e fazer as que o Brasil ainda precisa. E que queremos ver realizar nos dois anos, e se depender de mim, nos próximos seis anos."
Sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad disse também ter se surpreendido com a sua eleição em 2002. O prefeito afirmou que morava fora do país e resolveu votar com a família para votar em Lula no segundo turno. "Outra coisa que eu não pudia imaginar. Eis que em 2002 Lula surpreende, é eleito e o povo brasileiro passa a ter voz."
O clima de festa foi interrompido pouco antes da fala de Haddad, quando uma militante gritou dizendo que o auditório estaria vazio em comparação a enorme fila de militantes que estariam esperando para entrar no evento do lado de fora do hotel. De acordo com a assessoria do evento, mais de mil pessoas aguardam do lado de fora da festa.
Antes de fundar o PSD, Kassab integrou o DEM, inimigo histórico do PT, e era apoiado pelo PSDB de José Serra. Após fundar a sigla, em 2011, o ex-prefeito buscou aproximar-se com o PT. Atualmente, o PSD integra a base de sustentação do governo federal e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
"O governo [do PT] trouxe para o Brasil avanços extraordinários. O povo brasileiro reconhecidamente vive muito melhor. O povo hoje tem acesso a programas sociais. O PSD se sente muito confortável em estar aqui presente em trazer aqui esse apoio. Parabéns à militância petista, aos dirigentes petistas, parabéns ao presidente Lula, à presidente Dilma", disse Kassab.
Depois de afagar o PT, o ex-prefeito chegou a receber algumas palmas, mas também ouviu gritos de "Fora Kassab".
Na mesma mesa de Kassab estão também os ex-ministros, demitidos por Dilma Rousseff, Carlos Lupi (PDT) e Alfredo Nascimento (PR), os senadores Eduardo Lopes (PRB), Robson Amaral (PTN) e Valdir Raupp (PMDB)além de Renato Rabelo, presidente do PCdoB.
Lula, com terno cinza claro e uma gravata com as cores do Brasil, integra a mesa petista, assim como presidente Dilma Rousseff, que está de vermelho.
Na mesma mesa estão os governadores Agnelo Queiroz (Distrito Federal), Jaques Wagner (Bahia), Marcelo Déda (Sergipe), Tião Viana (Acre) e o prefeito Haddad, que, a exemplo de Lula e Dilma, foi muito aplaudido.
Genoino e Cunha, ambos deputados federais, chegaram ao local por volta das 18h30, por uma porta a qual a imprensa não teve acesso. A militância petista recepcionou ambos com abraços. Os presentes formaram uma fila com aproximadamente 30 pessoas para cumprimentar Genoino. Dirceu chegou por volta de 19h, e sua presença também foi festejada pelos presentes. O ator global José de Abreu, amigo de Dirceu que irá se filiar ao PT, o acompanhou na chegada.
Assim como ocorreu com Genoino, militantes do partido formaram uma longa fila para abraçar Dirceu. Por volta de 19h20, chegaram os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Carvalho (secretaria-geral da Presidência), Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), que passou por Dirceu sem cumprimentá-lo.
Outros petistas históricos, como Benedita da Silva, Luiz Dulci, Professor Luizinho e Marcelo Déda, já estão no evento.
O cartaz do evento estampa os rostos de Lula e Dilma e a frase "o decênio que mudou o Brasil". No convite, o partido conclama para as "comemorações dos dez anos do Governo Democrático e Popular".
O ato petista acontece um dia depois de Dilma anunciar a inclusão de 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família, programa criado no governo Lula. Para isso, o governo anunciou a elevação da renda doada para mais de R$ 70 por pessoa das famílias agraciadas com a renda – o valor é considerado limite para a pobreza absoluta.
A erradicação da pobreza extrema é uma promessa eleitoral de Dilma. Os recursos para o aumento dos beneficiários somarão R$ 733 milhões aos cofres públicos.
"O Brasil vira uma página decisiva na longa história, na nossa longa história de exclusão social. Nela está escrito que mais 2,5 milhões brasileiros estão deixando a extrema pobreza", afirma a presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de anúncio da nova medida. "Por não termos abandonado o nosso povo, a miséria está nos abandonando.", disse Dilma durante o pronunciamento em Brasília.
fonte:http://noticias.uol.com.br
Em "Eles podem se preparar, juntar quem eles quiserem, que, se eles têm dúvida, vamos dar como resposta a reeleição de Dilma em 2014. É essa a consagração da politica do Partido dos Trabalhadores", disse o ex-presidente no encerramento de seu discurso. Em seguida, Lula foi ovacionado pela plateia com o tradicional grito "olê, ole, olá, Lula, Lula."
O ex-presidente disse que o governo petista não pode ser derrotado em 2014 porque "os partidos de lá [da oposição] estão fragilizados". "Eles estão sem valores, sem discurso, sem propostas. Qualquer coisa que eles tentarem fazer, nós fizemos mais e melhor. É por isso que queremos fazer esse debate com eles, com a opinião publica, com a imprensa."
Lula também respondeu às afirmações do antecessor Fernando Henrique Cardoso, que chamou de "picuinha" as declarações da presidente Dilma Rousseff durante o anúncio da expansão do benefício do Bolsa Família. Na ocasião, Dilma disse que "não tem medo de comparações, inclusive sobre a corrupção".
"Não foi fácil porque eles não acreditavam e continuam não acreditando [no Bolsa Família]. Eles logo inventaram que era ‘porta de saída’," disse. "Deixa o pessoal comprar um lanche com o Bolsa Família pelo menos. [...] E o preconceito quando começaram a dizer que pobre vai virar vagabundo? ", acrescentou Lula.
Em seguida, o ex-presidente disse que o "Lulinha Paz e Amor" --termo inventado por Ciro Gomes para descrever um comportamento mais ameno de Lula em 2002, comparando com a postura dele em eleições anteriores-- "nos trouxe a sabedoria de criar a base aliada e de criar as condições de ensinar esse pais a conviver democraticamente na diversidade."
Antes de Lula, discursou o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que, ao elogiar a presidente Dilma Rousseff, disse não imaginar que uma mulher iria "enquadrar" o sistema financeiro internacional.
"Nunca imaginei que seria uma mulher que iria enquadrar o sistema financeiro internacional", disse o prefeito, que qualificou a presidente como um "exemplo de fibra e determinação", afirmou Haddad, no discurso de abertura da festa, realizada no hotel do Parque do Anhembi.
Em seguida, Haddad manifestou desejo de ver Dilma governar o país até 2018. "Foi a senhora que mostrou já nesse governo que era sim possível fazer as reformas que o Brasil precisava e fazer as que o Brasil ainda precisa. E que queremos ver realizar nos dois anos, e se depender de mim, nos próximos seis anos."
Sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad disse também ter se surpreendido com a sua eleição em 2002. O prefeito afirmou que morava fora do país e resolveu votar com a família para votar em Lula no segundo turno. "Outra coisa que eu não pudia imaginar. Eis que em 2002 Lula surpreende, é eleito e o povo brasileiro passa a ter voz."
O clima de festa foi interrompido pouco antes da fala de Haddad, quando uma militante gritou dizendo que o auditório estaria vazio em comparação a enorme fila de militantes que estariam esperando para entrar no evento do lado de fora do hotel. De acordo com a assessoria do evento, mais de mil pessoas aguardam do lado de fora da festa.
Vaias para Kassab
Presente ao evento, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab foi vaiado pela militância petista. O líder do PSD foi colocado em lugar destaque do evento, ao lado de outros aliados do partido. A mesa dos aliados, sobre um palco, foi montada atrás da mesa com as lideranças petistas. Ao ser chamado para compor a mesa, Kassab recebeu vaias efusivas dos presentes.Antes de fundar o PSD, Kassab integrou o DEM, inimigo histórico do PT, e era apoiado pelo PSDB de José Serra. Após fundar a sigla, em 2011, o ex-prefeito buscou aproximar-se com o PT. Atualmente, o PSD integra a base de sustentação do governo federal e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
"O governo [do PT] trouxe para o Brasil avanços extraordinários. O povo brasileiro reconhecidamente vive muito melhor. O povo hoje tem acesso a programas sociais. O PSD se sente muito confortável em estar aqui presente em trazer aqui esse apoio. Parabéns à militância petista, aos dirigentes petistas, parabéns ao presidente Lula, à presidente Dilma", disse Kassab.
Depois de afagar o PT, o ex-prefeito chegou a receber algumas palmas, mas também ouviu gritos de "Fora Kassab".
Na mesma mesa de Kassab estão também os ex-ministros, demitidos por Dilma Rousseff, Carlos Lupi (PDT) e Alfredo Nascimento (PR), os senadores Eduardo Lopes (PRB), Robson Amaral (PTN) e Valdir Raupp (PMDB)além de Renato Rabelo, presidente do PCdoB.
Lula, com terno cinza claro e uma gravata com as cores do Brasil, integra a mesa petista, assim como presidente Dilma Rousseff, que está de vermelho.
Na mesma mesa estão os governadores Agnelo Queiroz (Distrito Federal), Jaques Wagner (Bahia), Marcelo Déda (Sergipe), Tião Viana (Acre) e o prefeito Haddad, que, a exemplo de Lula e Dilma, foi muito aplaudido.
Dirceu, Genoino e Cunha
Os petistas José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão, tiveram uma recepção calorosa por parte da militância do PT na festaGenoino e Cunha, ambos deputados federais, chegaram ao local por volta das 18h30, por uma porta a qual a imprensa não teve acesso. A militância petista recepcionou ambos com abraços. Os presentes formaram uma fila com aproximadamente 30 pessoas para cumprimentar Genoino. Dirceu chegou por volta de 19h, e sua presença também foi festejada pelos presentes. O ator global José de Abreu, amigo de Dirceu que irá se filiar ao PT, o acompanhou na chegada.
Assim como ocorreu com Genoino, militantes do partido formaram uma longa fila para abraçar Dirceu. Por volta de 19h20, chegaram os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Carvalho (secretaria-geral da Presidência), Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), que passou por Dirceu sem cumprimentá-lo.
Outros petistas históricos, como Benedita da Silva, Luiz Dulci, Professor Luizinho e Marcelo Déda, já estão no evento.
O evento
O espaço onde ocorre a festa, com capacidade para 850 pessoas, não foi suficiente para abrigar todos que se dirigiram ao local. Um espaço anexo, equipado com telão, foi montado para cerca de 400 presentes. Segundo a organização, mais de mil pessoas acabaram ficarando do lado de fora.O cartaz do evento estampa os rostos de Lula e Dilma e a frase "o decênio que mudou o Brasil". No convite, o partido conclama para as "comemorações dos dez anos do Governo Democrático e Popular".
O ato petista acontece um dia depois de Dilma anunciar a inclusão de 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família, programa criado no governo Lula. Para isso, o governo anunciou a elevação da renda doada para mais de R$ 70 por pessoa das famílias agraciadas com a renda – o valor é considerado limite para a pobreza absoluta.
A erradicação da pobreza extrema é uma promessa eleitoral de Dilma. Os recursos para o aumento dos beneficiários somarão R$ 733 milhões aos cofres públicos.
"O Brasil vira uma página decisiva na longa história, na nossa longa história de exclusão social. Nela está escrito que mais 2,5 milhões brasileiros estão deixando a extrema pobreza", afirma a presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de anúncio da nova medida. "Por não termos abandonado o nosso povo, a miséria está nos abandonando.", disse Dilma durante o pronunciamento em Brasília.
FHC diz que PT faz ‘picuinha’
As declarações de Dilma irritaram a oposição, em especial os tucanos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gravou um vídeo no qual declarou que o PT faz "coisa de criança" e "picuinha" ao criticar governos passados. Em trecho do vídeo, FHC diz que "Eles pensam que o Brasil começou agora. Não começou. No meu governo, eu mudei o rumo do Brasil, que estava muito desorganizado".fonte:http://noticias.uol.com.br
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