terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pela primeira vez, vejo cartório eleitoral tomar partido, diz Simon sobre problemas da Rede

Pela primeira vez, vejo cartório eleitoral tomar partido, diz Simon sobre problemas da Rede


Da Agência Senado, em Brasília


Em pronunciamento nesta terça-feira (1º), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que será "uma situação muito negativa" se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro à Rede Sustentabilidade para disputar as próximas eleições. A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva é uma das líderes da nova agremiação.

"O TSE dá autorização para criar tudo o quanto é partido e nega para uma pessoa que fez 20 milhões de votos na última eleição [para presidente]?", disse Simon, lembrando que o tribunal autorizou a criação de mais dois partidos na semana passada.

Simon disse que a ex-senadora cumpriu todas as exigências para a criação de um partido, observando que mais de 90 mil das assinaturas necessárias à criação da nova agremiação estão paradas nos cartórios eleitorais.
"Pela primeira vez na vida vejo cartório eleitoral tomar partido e de repente decidir a criação de um partido", afirmou o parlamentar, acrescentando que a Justiça Eleitoral inexiste nos municípios e que seus cartórios somente funcionam onde dispõem do trabalho de funcionários cedidos pela prefeitura.
O senador comentou matéria publicada pelo jornal O Globo segundo a qual os partidos montaram um balcão de negócios para atrair a filiação de parlamentares. De acordo com Simon, cada parlamentar vale dois segundos de propaganda eleitoral na televisão e leva para o partido dinheiro do Fundo Partidário.



Conheça os partidos políticos existentes no Brasil34 fotos

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Existem atualmente 32 partidos políticos no Brasil e mais um aguardando registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). São tantos que as siglas acabam virando uma "sopa de letrinhas" na cabeça do eleitor. Por isso, o UOL reuniu cada uma delas, seus principais representantes e quanto receberam, no ano passado, dos R$ 286,2 milhões destinados ao Fundo Partidário Arte/UOL
O parlamentar lamentou que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, defenda a criação de cláusulas de barreira eleitorais, depois que o projeto criando essas barreiras, aprovado no Congresso, foi derrubado pelo próprio STF. De acordo com o senador, as cláusulas de barreira – que exigem um número mínimo de votos, com distribuição nacional, para que o partido obtenha representação nos parlamentos, tempo na propaganda de TV e acesso ao fundo partidário – impediram o funcionamento, nesta Legislatura, do 3º maior partido da Alemanha, que não obteve o número mínimo de votos na última eleição; e impede o funcionamento da maioria dos 78 partidos existentes nos Estados Unidos.
O senador foi aparteado pelos colegas Jorge Viana (PT-AC) Eduardo Suplicy (PT-SP) e Casildo Maldaner (PMDB-SC).

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