terça-feira, 1 de outubro de 2013

Polícia cumpre mandados de busca em residências e locais de encontro de manifestantes em Porto Alegre


Polícia cumpre mandados de busca em residências e locais de encontro de manifestantes em Porto Alegre



Suspeitos dizem que ação é perseguição política

01/10/2013 19h18 - Atualizado em 01/10/2013 19h46
Cristiano Goulart - cristiano.goulart@rdgaucha.com.br - _CrisGoulart
A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira, sete mandados de busca e apreensão contra manifestantes suspeitos de cometerem atos de vandalismo durante os protestos de junho em Porto Alegre. O inquérito foi instaurado no dia 27 de junho quando houve depredação ao Palácio da Justiça, no Centro Histórico da cidade, durante um protesto. Os suspeitos são acusados de furto e dano qualificado, desobediência e posse e emprego de artefatos explosivos. O coordenador do DCE da UFRGS, Matheus Gomes, disse que teve textos marxistas levados pela polícia e que a ação se trata de perseguição política:

- Recolheram documentos políticos, textos sobre a Teoria Marxista, sobre anarquismo, anotações políticas dos ativistas. É um ataque, na realidade, ao nosso direito de manifestação e organização. Estão tentando nos transformar em formadores de quadrilha. Invadiram a minha casa, a de um outro ativista da universidade [UFRGS], o Centro Cultura Anarquista, o Moinho Negro - alega.

O responsável pela investigação e titular do Departamento de Polícia Metropolitana, delegado Marco Antônio de Souza, garantiu que não foram apreendidos materiais de cunho ideológico:

- O que a gente vinculou foi pessoas a fatos e a gente descobriu que tinham ligação com os fatos investigados. Se elas têm alguma ligação político-partidária, isso não é objeto do inquérito. É uma medida que é utilizada para coletar elementos para o prosseguimento da investigação - defende o delegado.

Até o momento, apenas uma pessoa foi indiciada neste inquérito. Todas as investigações abertas desde o início dos protestos em Porto Alegre já somam 75 indiciamentos. Das 72 pessoas presas em flagrante cometendo crimes durante as manifestações, e três permanecem detidas.

Para tentar minimizar o impasse gerado pelo cumprimento dos mandados, o governador Tarso Genro convidou os dirigentes do PSOL e PSTU para discutir as acusações de que houve perseguição política na ação. Confira o vídeo abaixo:
FONTE:http://gaucha.clicrbs.com.br


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